A correspondência, reproduzida em fac-símile e traduzida para o português, resgata uma história de amor protagonizada pelo escritor e aviador francês durante seu último ano de vida. Repletas de ilustrações nunca antes vistas de seu personagem mais famoso, essas cartas, destinadas a uma mulher desconhecida, iluminam também a relação entre o autor e sua criação e retomam a mistura de doçura e melancolia que marcou sua obra prima.
Bjinhos,
Bia Flor.
“Contos de fadas são a única verdade da vida”, diz o escritor Saint-Exupéry.
Título: O amor do Pequeno Príncipe – Cartas a uma desconhecida.
As cartas que o escritor e aviador escreveu à sua amada mostram que muito havia em comum entre o autor e seu personagem. As comparações são feitas pelo próprio Exupéry, que assina suas mensagens ilustradas como O Pequeno Príncipe. A correspondência revela um homem que, assim como seu personagem, é sensível, reflexivo e um pouco deprimido quando está distante do objeto de seu amor.
Dela pouco se sabe. Tudo o que se pôde ter certeza a respeito de sua identidade é que era uma jovem de 23 anos, nascida no leste da França, casada e oficial da Cruz Vermelha. Exupéry a conheceu no trem, em março de 1943, quando ia da cidade de Oran a Argel, na Argélia, a serviço da aeronáutica francesa. Foi amor à primeira vista. Os documentos sugerem que, de então até sua morte, eles mantiveram um relacionamento. Mas indicam também que esta foi uma paixão que o fez sofrer.
Em um dos trechos do livro ele até a acusa de matar o Pequeno Príncipe. “Não há Pequeno Príncipe hoje e não haverá nunca mais. O Pequeno Príncipe morreu. Ou então tornou-se muito cético”. Hoje as palavras parecem proféticas. Poucos dias depois, em 31 de julho de 1944, o escritor desapareceu a bordo de seu avião no Mediterrâneo. Nunca pôde ver o Pequeno Príncipe publicado em seu país Natal… nem ver sua amada misteriosa novamente.
O livro saiu do acervo museu francês e foi direto para a lista de best-sellers. No Brasil, estava entre os mais vendidos já na primeira semana. O segredo desta volta de sucesso do Pequeno Príncipe (se é que algum dia ele chegou a partir) é o talento inexplicável de Saint-Exupéry, que transbordou de paixão cada linha de sua obra. Um escritor que sabia muito bem uma lição importante que registrou neste novo livro: “Os contos de fada são assim. Uma manhã, a gente acorda e diz: ‘era só um conto de fadas…’ E a gente sorri de si mesmo. Mas, no fundo, não estamos sorrindo. Sabemos muito bem que os contos de fadas são a única verdade da vida.”
Site Oficial do livro: http://www.oamordopequenoprincipe.com.br/home.asp